Por Daniel Cunha(*): A troca não começa entre os indivíduos no interior de uma comunidade, mas ali onde as comunidades terminam (Karl Marx). A indicação de Ernesto Araújo como futuro chanceler por Jair Bolsonaro trouxe à luz um debate que estava até então sendo feito implicitamente: a questão do novo nacionalismo de extrema-direita liderado internacionalmente […]
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Capital is a social relation, not a human group (o capital é uma relação social, não uma patota)
Anselm Jappe, La société autophage. Capitalisme, démesure et autodestruction, Paris, La Découverte, 2017.
EXCERPT:
It is therefore necessary to criticize the conceptions which attach a central role to the forms of personal domination as well as the demands of “self-management” and a “real democracy” (or “direct”), in all its variants. It is also necessary to underline the limits of a large part of the traditional anarchist discourse, which is too preoccupied with the political and organizational aspects of alienation. The history of failed revolutions is not limited to the betrayal of the good revolutionary people by their leaders, corrupted by the exercise of power – even if this aspect has obviously been added to it. People and leaders often share the same fetishistic ways. In a fetish society, the purest form of self-management is useless. There is no need to break your head on the thousand and one details of a direct democracy guaranteed “anti-manipulation”, about the “mandate” modalities that will exist in a direct democracy or about the right balance of the political unities, if what is decided in the most democratic way of the world is always the execution of unconsciously systemic imperatives.
…
É, portanto, necessário criticar as concepções que atribuem um papel central às formas de dominação pessoal bem como às reivindicações de “autogestão” e de uma “democracia real” (ou “direta”), em todas as suas variantes. É preciso igualmente sublinhar os limites de uma grande parte do discurso anarquista tradicional, demasiado preocupado com o aspecto político e organizacional da alienação. A história das revoluções fracassadas não se resume à traição do bom povo revolucionário por seus dirigentes, corrompidos pelo exercício do poder – mesmo se este aspecto lhe tenha obviamente sido adicionado. Povo e líderes frequentemente compartilham as mesmas formas fetichistas. No seio de uma sociedade fetichista, a forma mais pura de nada serve. Inútil quebrar a cabeça sobre os mil e um detalhes de uma democracia direta “antimanipulação” garantida, sobre as modalidades dos “mandatos” que existirão mesmo em uma democracia direta ou sobre o justo equilíbrio das unidades políticas, se tudo que se decide da forma mais democrática do mundo é sempre a execução dos imperativos sistêmicos inconscientemente pressupostos.
(Translated from French)
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